Gabi Braun é uma personagem central introduzida na fase final de Attack on Titan. Como jovem guerreira eldiana a serviço de Marley, ela se destaca por sua presença marcante, ideias firmes e impacto direto no rumo da narrativa. Sua estreia no anime causou forte repercussão entre os fãs, tanto pela sua personalidade quanto pelas ações controversas que protagonizou.
Ela representa a nova geração treinada por Marley, totalmente moldada pela doutrinação e pela guerra. Sua participação no conflito contra Paradis levanta questões morais complexas, como o peso da manipulação ideológica e os efeitos da guerra em crianças. O momento em que Gabi mata Sasha Blouse, uma das personagens mais queridas da série, tornou-se um dos eventos mais discutidos e polarizadores do anime.
A partir daí, Gabi passou a ser vista por muitos como uma vilã, enquanto outros passaram a enxergá-la como uma vítima do sistema. Esse contraste de interpretações reflete o quão bem construída é sua trajetória.
Este artigo explora todos os aspectos de Gabi Braun: desde sua aparência e traços de personalidade até suas relações, habilidades e evolução ao longo da história. A proposta é entender quem é essa personagem além da polêmica, destacando sua importância para a mensagem central da obra.
Aparência
Gabi Braun tem uma aparência infantil, mas determinada. Ela é baixa, com olhos castanho-avermelhados vivos e cabelos castanhos curtos, geralmente presos em duas tranças características. Seu visual inicial reflete seu papel como guerreira: ela veste o uniforme militar de Marley, incluindo colete, calças e a braçadeira de identificação eldiana.
Com o avanço da trama, sua aparência se torna mais simples e menos militarizada. Durante o tempo em Paradis, ela passa a usar roupas civis comuns, representando visualmente sua mudança de postura e o início de um processo de amadurecimento emocional e ideológico.
Personalidade
Gabi Braun é impulsiva, destemida e altamente influenciada pela propaganda de Marley. Desde cedo, ela demonstra um forte patriotismo, sendo capaz de arriscar tudo para defender seu país. Sua confiança em si mesma e sua vontade de provar seu valor são traços evidentes, assim como sua racionalidade limitada pela doutrinação militar.
Ela lembra muito Eren Yeager no início da série, especialmente por ser guiada por raiva e convicções absolutas. A diferença é que Gabi vivencia o processo de desconstrução muito mais cedo. Ao conviver com os “inimigos” da Ilha de Paradis, ela passa a reavaliar tudo o que acreditava, dando espaço para empatia e reflexão.
Com o tempo, Gabi se torna mais equilibrada. Mantém sua coragem, mas aprende a escutar, entender e agir com consciência. Sua trajetória mostra como um ambiente novo pode mudar completamente uma mente treinada para odiar.
História
Gabi Braun nasceu no território de Marley, como parte da minoria eldiana oprimida. Desde pequena, ela foi treinada como candidata a herdar o Titã Blindado, função que encarava com orgulho. Extremamente leal ao governo de Marley, ela acreditava que lutar e vencer a guerra contra Paradis era a única forma de provar seu valor e salvar seu povo da discriminação. Por isso, destacava-se por sua inteligência, dedicação e vontade de se sacrificar.
Durante o ataque de Paradis a Liberio, Gabi presencia a destruição causada por Eren e os batedores. Em resposta, ela mata Sasha Blouse a bordo de uma aeronave de fuga. Esse momento gera uma ruptura emocional profunda na história e no público. A morte de Sasha transforma Gabi em uma figura odiada por muitos, iniciando seu caminho de conflito interno e transformação pessoal.
Após ser capturada e passar um tempo escondida com Falco em Paradis, Gabi começa a perceber que os “demônios da Ilha” são pessoas comuns, com sentimentos e histórias. O convívio com a família de Sasha e outras figuras de Paradis a faz duvidar das narrativas que aprendeu desde criança. Aos poucos, ela reconhece seus erros e passa a agir com mais maturidade e compaixão.
Nos momentos finais da trama, Gabi demonstra um profundo senso de justiça. Ela se alia aos antigos inimigos para tentar deter Eren e impedir o Rumbling. Sua habilidade com o rifle e sua coragem em campo ajudam diretamente nas missões mais arriscadas. Ao final, Gabi é retratada como uma jovem que superou o ódio e a manipulação, tornando-se uma símbolo de mudança e redenção dentro de um mundo em guerra.
Habilidades
Gabi Braun passou por um rigoroso treinamento militar como candidata a herdar o Titã Blindado, o que a tornou altamente preparada física e mentalmente. Ela se destaca pela precisão impressionante com armas de fogo, sendo capaz de acertar alvos em movimento mesmo sob pressão. Além disso, demonstra habilidades estratégicas e de sobrevivência acima da média, conseguindo se infiltrar, escapar e adaptar-se rapidamente a diferentes situações de combate. Em comparação com outros guerreiros infantis, como Falco ou Colt, Gabi mostra um desempenho mais agressivo, ousado e eficiente, o que reforça seu potencial como líder em campo de batalha.
Relacionamentos
Eren Yeager
Gabi vê Eren como inimigo desde o início, mas isso muda ao descobrir sua história trágica. O contraste entre a imagem do monstro que destruiu Marley e a criança traumatizada pela guerra causa um forte impacto emocional nela. Essa oposição revela o quanto a guerra distorce percepções e humaniza ambos os lados.
Mikasa Ackerman
O contato entre Gabi e Mikasa é tenso desde o início. Mikasa representa a força de Paradis, enquanto Gabi chega como inimiga. Apesar dos conflitos, há um respeito silencioso e desconfiança mútua, reforçando as barreiras criadas pela guerra e pela perda de Sasha.
Armin Arlert
Armin se torna uma ponte emocional para Gabi entender o mundo fora de Marley. Ele demonstra empatia e tenta estabelecer diálogo, mesmo após o assassinato de Sasha. Através dele, Gabi começa a quebrar as barreiras da doutrinação e entender a complexidade dos seus adversários.
Sasha Blouse
Gabi mata Sasha, um dos momentos mais chocantes da série. O ato a faz ser odiada por muitos fãs, mas também abre espaço para seu desenvolvimento emocional. Gabi sofre com a culpa e passa a refletir sobre o verdadeiro significado da guerra, desencadeando seu processo de transformação.
Reiner Braun
Reiner é o tio de Gabi e sua maior referência. Ela o admira como guerreiro e símbolo de força, mas também se decepciona com sua fragilidade emocional. Esse conflito entre admiração e frustração reflete os choques ideológicos que ela enfrenta ao descobrir as verdades escondidas por Marley.
Pieck Finger
Gabi e Pieck compartilham companheirismo e lutam lado a lado nas batalhas por Marley. Pieck demonstra confiança nas habilidades de Gabi e age como uma figura estável e racional. A colaboração entre as duas reforça a ideia de lealdade entre guerreiros mesmo diante da dúvida.
Floch Forster
Gabi e Floch estão em lados completamente opostos da guerra. Enquanto ela busca a reconciliação, Floch representa o extremismo e o fanatismo. Seus conflitos simbolizam a luta entre vingança e redenção.
Jean Kirstein
Jean inicialmente rejeita Gabi, principalmente após a morte de Sasha. No entanto, com o tempo, há uma mudança em sua percepção. Ele começa a ver a garota como alguém confusa, mas transformável, não como uma inimiga.
Krista Lenz (Historia Reiss)
Gabi não tem contato direto com Historia, mas a rainha representa uma figura de esperança e compaixão dentro de Paradis. A existência de Krista desafia a visão que Gabi tinha dos eldianos da ilha.
Annie Leonhart
Gabi conhece Annie como uma colega de Marley, e ambas compartilham traumas profundos causados pela guerra. Apesar de interações limitadas, Gabi reconhece em Annie um reflexo de si mesma, especialmente no peso que ambas carregam.
Levi Ackerman
Gabi teme e respeita Levi, mesmo com poucos momentos juntos. Sua fama o precede, e ela percebe nele uma força imparável, mas também uma postura justa, o que a faz refletir sobre o verdadeiro inimigo.
Ymir
A figura de Ymir Fritz representa um mito para Gabi no início. Mas, ao conhecer a história real por trás da fundadora, Gabi começa a compreender o sofrimento e o peso herdado pelos eldianos.
Zeke Yeager
Gabi admirava Zeke como líder e herói dos eldianos de Marley. No entanto, ao descobrir sua verdadeira motivação — o plano de eutanásia —, ela sente decepção profunda. Essa revelação marca um ponto de virada, pois Gabi entende que os adultos à sua volta escondem verdades perigosas.
Hange Zoë
Hange interage com Gabi em momentos de tensão e crise. Sua abordagem científica e racional cria oportunidades para o diálogo. Gabi percebe nela uma figura equilibrada, que busca mais a compreensão do que a destruição, o que contribui para o amadurecimento de suas ideias.
Etimologia
O nome “Gabi” é uma forma curta de Gabrielle, que significa “mulher de Deus” em hebraico, sugerindo um possível contraste entre inocência e violência. Já “Braun”, de origem alemã, remete à cor marrom, podendo simbolizar a sua ligação cultural com Marley. Isayama pode ter usado esses nomes para reforçar dualidades e identidade.
Curiosidades
Hajime Isayama revelou que se inspirou em Eren Yeager para criar Gabi Braun, destacando suas semelhanças emocionais e ideológicas. Ambos compartilham um ímpeto impulsivo, senso de justiça radical e um passado de traumas profundos, o que os torna espelhos um do outro. Essa conexão foi confirmada pelo próprio autor, que usou Gabi para mostrar a circularidade da violência.
A personagem dividiu opiniões: enquanto muitos fãs japoneses admiraram sua complexidade, parte do público ocidental reagiu com repulsa, especialmente após a morte de Sasha. Ainda assim, o desenvolvimento posterior de Gabi conquistou muitos corações.
Na versão japonesa, sua voz é interpretada por Ayane Sakura, conhecida por seu talento em dar vida a personagens intensos. Já na dublagem brasileira, Bruna Nogueira trouxe firmeza e emoção à personagem, reforçando suas mudanças internas ao longo da história.
Conclusão
Gabi Braun é uma das personagens mais controversas e transformadoras de Attack on Titan. Desde sua introdução, ela gerou fortes reações no público, tanto por suas atitudes impulsivas quanto por sua evolução marcante. Ao longo da trama, ela passou de uma jovem cega pelo patriotismo a alguém capaz de questionar suas crenças e sentir empatia pelos “inimigos”.
Com isso, sua jornada destaca temas centrais como guerra, identidade e redenção. Mais do que isso, ela mostra como a educação ideológica pode ser confrontada por experiências humanas reais. Assim, Gabi se torna um exemplo de que até os mais condicionados podem mudar e crescer.
No fim das contas, Gabi deixa um legado poderoso: ela representa a possibilidade de transformação, mesmo nos cenários mais extremos. Sua trajetória reforça a mensagem profunda da obra: não existem vilões absolutos, apenas seres humanos em conflito.
E você, o que mais chama a sua atenção na Gabi Braun? É a sua coragem impulsiva, a transformação radical ao longo da história ou a forma como ela confronta verdades difíceis mesmo sendo tão jovem? Compartilhe sua opinião nos comentários! 👇
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